segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Ascendentes de D.Ermelinda e Manoel José Pereira


O assunto “origens de Miracema” sempre provoca interesse e reflexão, além de teimar em manter, às vezes ampliar, as dúvidas daqueles que o estudam. A genealogia de D. Ermelinda é tema que se ajusta ao que foi dito.O www.projetocompartilhar.org.  Coordenação: Bartyra Sette e Regina Moraes Junqueira funciona como força restauradora atuando no esclarecimento da matéria. No caso dos ascendentes de D. Ermelinda, fizemos o resumo abaixo.
“JOÃO PEREIRA THEMUDO e sua mulher Maria de Souza Bicudo  naturais de Santana do Parnaíba-SP. Dentre seus filhos, pelo menos três, se transferiram para as minas e se estabeleceram em Barbacena e Baependí, onde foram dos primeiros povoadores. São eles: Pedro de Souza Lima; Isabel Ribeiro de Lima;João Pereira de Souza Magalhães.
ISABEL RIBEIRO DE LIMA nasceu em Itu e casou com Lourenço Garcia Fontoura, natural da freguesia de Fontoura, Arcebispado de Braga já falecido em 1744 (casamento da filha Luzia). Em 1753 Isabel estava casada com José Cardoso da Silva (batismo do neto Antonio 4-4 abaixo). Os filhos do casamento com Lourenço são: Luzia; Isabel; Ambrosio; Ana Francisca; Antonio e Brizida.
ANA FRANCISCA nascida em Tiradentes. Casou com Manoel Machado Pestana, natural da freguesia do Rosário da Ilha de S. Jorge Bispado de Angra, filho de João Machado Pestana e Ana Pereira Maciel. Deste casamento os filhos:Izabel Ribeira; Manoel; José, batizado aos 02-02-1752, natimorto; Antonio Felisberto da Costa; João; José, batizado em 01-11-1757; Domingos; Iria e Josefa.
IZABEL RIBEIRA aos 22-02-1751 casou com João Rodrigues Valle, filho de João Rodrigues e Joana Gonçalves da Silva, naturais de S. Martinho de Ruivães comarca de Chaves Arc. Braga e já falecidos em 1758, neto paterno de Gonçalo Rodrigues e Euzébia Francisca. Tiveram os filhos: João; Ana; Inácio; Maria; Ana, nasceu aos 06 e batizada aos 13-03-1760;Manoel Ribeiro Valle; Rita Angélica Rodrigues; Custódia; Francisca; Quitéria Justina Rodrigues; Francisco Rodrigues Valle; José Rodrigues Valle.
MANOEL RIBEIRO VALLE (também Manoel Rodrigues Valle Ribeiro), nascido aos 23-03 e batizado aos 02-04-1762. Padrinhos: Manoel Rois Valle, solteiro viandante do caminho. Aos 31-01-1784, casou com MARIA RITA DA CONCEIÇÃO, filha de João Pacheco Pimenta e Rita Maria de Jesus, neta paterna de Manoel Pacheco Pimenta e Izabel de Almeida, neta materna do Alferes Diogo Pereira e Theresa Josefa. Do casamento entre Manoel e Maria Rita os filhos:
Maria Rodrigues da Conceição, aos 10-05-1808, casou com Bento Joaquim Pereira, irmão de Manoel José abaixo referido.

 Ermelinda Rodrigues da Conceição, aos 28-07-1802, casou com Manoel José Pereira, filho do Alferes Bento José Pereira e Teresa Umbelina de Jesus.
Prados, Minas Gerais (e capelas filiadas) - casamentos - Ressaca aos 28-07-1802 Manoel Jose Pereira, f.l. do Alf. Bento Joze Pereira e Thereza Umbelina de Jesus = Ermelinda Rodrigues da Conceição, f.l. de Manoel Rodrigues Valle Ribeiro e Maria Ritta da Conceição. Nts desta freguesia de Prados.”

O pai de D. Ermelinda é Ribeiro Valle, justificando o fato de alguns filhos do casamento com Manoel José Pereira (fazendeiros em Muriaé, segundo Rui Barreto) adotarem o sobrenome Ribeiro Vale.
Do mesmo projeto dados genealógicos de Manoel José Pereira.  
O alferes Bento José Pereira casou com Teresa Umbelina de Jesus, natural de Prados-MG, filha de Antonio Afonso e Maria Antonia de Santa Clara. Teresa testou em 02-11-1812 e faleceu aos 28-05-1813, sepultada na capela da Ressaca filial de Prados. Declarou os onze filhos de seu casal:
Prados, MG obitos - aos 28-05-1813 na capela da Ressaca filial desta matriz de Prados faleceu Teresa Umbelina de Jesus mulher do Alf. Bento Jose Pereira, Foi sepultada dentro da dita caoela e tinha seu testamento.
(...)  Digo eu Teresa Umbelina de Jesus (...) sou natural e batizada na freguesia de Prados comarca de S. João del Rei bispado de Mariana, f.l. Antonio Affonço e Maria Antonia, falecidos. Sou cc Alf. Bento Jose Pereira de cujo matrimonio tenho onze filhos, nove machos e duas femeas que são: Francisco = Manoel = Ana e Feliciana casadas, Ana com Francisco Lourenço Borges e Feliciana com Domingos da Cunha Lopes = e assim mais Bento = Jose = Joaquim = Antonio = Silveiro = Luiz = João que são meus legitimos herdeiros.Testamenteiros em 1º m/marido Bento Jose Pereira, em 2º m/filho Francisco Jose morador nos Pilões, em 3º meu filho Luiz, em 4º meu filho João. Missas pelas almas, e.o.: de meu pai Antonio Afonso, de minha mãe Maria Antonia de Santa Clara, de minha filha Maria.
Ressaca 02-11-1812. Seguia a aprovação. 
1- Antonio Joaquim Pereira, natural de Prados-MG e faleceu quadragenário em Aiuruoca-MG aos 23-09-1822 com testamento. Foi o primeiro marido de Teresa Maria de Jesus, filha de José da Silva Cintra e Ana Garcia da Assunção. Sem geração.
2- Luiz Jose Pereira, 3º testamenteiro do irmão Antonio supra.
3- Silvério Jose Pereira, natural de Prados, aos 20-06-1808 casou com Maria Claudina de Azevedo filha do Alferes Manoel Pereira de Azevedo e Jeronima Maria de Abreu
4- João Bento Pereira aos 21-11-1813 casou com Bárbara Umbelina de Azevedo.
5- Ana Rosa de Jesus, natural de Prados, onde casou aos 25-04-1798 com Francisco Lourenço Borges, natural da Freguesia de São Miguel Arcanjo da Lage, Ilha Terceira, Bispado de Angra, filho de Antonio Vieira de Andrade e Joana Antonia. 
6- Feliciana Umbelina de Jesus, aos 05-05-1802 casou na Capela da Ressaca em Prados com  Domingos da Cunha Lopes, filho de outro e de Ana Joaquina Diniz.
7- Manoel José Pereira aos 28-07-1802 casou com Ermelinda Rodrigues da Conceição, filha de Manoel Rodrigues Valle Ribeiro e Maria Ritta da Conceição.
B7- Prados, Minas Gerais (e capelas filiadas) - casamentos - Ressaca aos 28-07-1802 Manoel Jose Pereira, f.l. do Alf. Bento Joze Pereira e Thereza Umbelina de Jesus = Ermelinda Rodrigues da Conceição, f.l. de Manoel Rodrigues Valle Ribeiro e Maria Ritta da Conceição. Nts desta freguesia de Prados.
8- Bento Joaquim Pereira aos 10-05-1808 casou com Maria Rodrigues da Conceição, filha de Manoel Rodrigues Valle Ribeiro e Maria Rita da Conceição.
9- Francisco José, morador nos Pilões em 1812.
10 – José.       11 – Joaquim.”

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Faleceu Bizuca

Chato nénão!? muito chato... Bizuca passou pro outro lado. Convivi com ele ali pelos últimos anos da década de 50. Somos da mesma idade. Era goleiro do Rink, substituto do Eduardo do Jová. Bizuca filho do sô Daniel Pimenta, irmão do Lula e do Paulo Pimenta, moravam na última casa do rua do Café. Espécie de encruzilhada: à esquerda, Moura: à direita Hospital; retorno rua Nova. Tinha um porte físico avantajado, impunha respeito, dificilmente batido nas bolas altas, mas certa dificuldade nas bolas rasteiras. Um permanente contraste com outro goleiro do Rink,  o Pompeia, que só queria saber de voar. Outra lembrança boa: Bizuca era dono de uma vitrolinha e de vez em quando a gente ia ouvir música lá na sua casa. Aqueles discos pequenos com uma canção de cada lado. A partir dos sessenta não mais nos encontramos. Registro meus votos de pesar tanto à família em São Roque como também aos seus familiares em Miracema.

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Controle do Judiciário

Por Antonio R.M. Siqueira

Juiz exercendo a tutela jurisdicional não é pessoa física, é órgão e, portanto, sujeito às regras referentes a esses órgãos.

Querer tratar esses órgãos unipessoais com imunidade à fiscalização da sociedade, que os supre com os tributos por ela pagos, é querer ficar acima das regras básicas da Constituição.

Órgão público como no caso, os juízes, tem obrigação de prestar contas, ser transparente. Esse principio é fundamental para o desenvolvimento de um Estado democrático.

Querer que o Poder Judiciário fique imune a tal controle, sob o argumento de quebra de sigilo, é no mínimo suspeito. As verbas públicas aplicadas no Poder judiciário precisam ser vistoriadas pelos órgãos de controle do sistema.

In casu, o CNJ (Conselho Nacional de Justiça) é o órgão determinado pela nossa Constituição para realizar tal controle e os resultados foram bastante profícuos nesses poucos anos de existência com resultados excelentes para a questão disseminada no Poder Judiciário do nepotismo.

A questão é que agora surge uma Corregedora que quer colocar em prática as atribuições legais a ela conferidas pelo cargo.

As associações dos juízes logo se posicionaram contra, pois havia a possibilidade de quebrar a Caixa Preta!, que sempre foi aquele poder.

Duas liminares no findar dos trabalhos, inclusive uma sendo contestada pela AGU tendo em vista TER SIDO INTEMPESTIVA. PARA A TUTELA JURISDICIONAL APLICADA POR MARCO AURÉLIO, O PRAZO TINHA SIDO ULTRAPASSADO, PELA TESE LEVANTADA. A inexistência dopericulum in mora

Muito estranha essa atitude dos juízes não quererem serem auditados mesmo sabendo que são órgãos.
Agora só o tempo dirá qual será a atitude do plenário diante da questão posta. Duas possibilidades práticas, vejamos: 

1) CNJ órgão recursal das corregedorias regionais.

Cria-se um órgão com poderes limitados de atuação, sendo sua maior quebra de poder - não poderá abrir processo em face dos juízes e desembargadores regionais enquanto a corregedoria regional não se pronunciar.
Se assim for, o CNJ não atenderá os objetivos teleológicos embutidos na Emenda Constitucional que trata da criação do órgão, e vira mero fórum recursal.

2) CNJ é entendido como órgão de controle externo do judiciário.

O objetivo da norma implementada constitucionalmente será atingido.
Essa visão exige que a sociedade se posicione claramente sobre a questão posta, agora do ponto de vista social e de controle democrático para os três poderes.
São esses dois pontos que precisam ser desatados.

Espero que não seja pelo método do nó górdio, que seria a necessidade de uma nova PEC (Proposta de Emenda Constitucional) para controle do Poder Judiciário pelo CNJ. Nesse caso, seria a salvação do Poder Legislativo, pois assim procedendo, estaria protegendo o Estado Democrático de Direito da Constituição cidadã e melhorando sua imagem diante da população.

“ É só.”

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Centenário do Bené

                                    
                        
                                      Meu Avô Folclórico

                                                       Daniella Stroppa Siqueira


Vô Bené, Vô Bené…….
Vô Bené sempre foi  uma figura para mim. Cheio de excentricidades e histórias.
Eu sempre tive muito orgulho dele. Admirava a sua vontade de viver e a sua energia.  Só como exemplo, viajava, de ônibus, de Miracema a Niterói , o que são umas 6 horas  e se resolvesse que não iria ficar , por uma razão ou outra, voltava no mesmo dia.
Ele sempre foi um avô  atencioso. Não era do tipo de ficar brincando com os netos, mas todas as datas importantes, fossem batizados, aniversários; formaturas etc,  se não estava presente, sempre telefonava ou mandava telegrama. Às vezes, fico imaginando ele no meu casamento, todo pomposo, orgulhoso e dando um baile de dança em todo mundo. Porque se tinha uma coisa que Vô Bené gostava era dançar e como dançava bem.
Quando crianças, torturava , nós os netos, com a sua geladeira cheia de refrigerante, principalmente Mineirinho.  Nós ficávamos aguando . “ Os refrigerantes são só para a hora do almoço” dizia ele. Mas acabava deixando que tomássemos um pouco antes da refeição. No entanto, só permitia  uma garrafa média ,na qual ele dividia entre todas as crianças. Imagina o pouquinho que não era para cada um! Eu não tenho certeza se era Võ Bené que media os copos ou talvez fosse nós mesmos que o fazíamos, para ter certeza que ninguém tinha mais ou menos do que o outro. Pensando agora, eu acho que deveria ser mais de uma garrafa, porque era muita criança e uma garrafa média daria só um pingo para cada um. As minhas lembranças das minhas  visitas a Miracema ,quando crianca, tem gosto de Mineirinho.
Jogos de Víspora, visitas a mina, folia de reis, rosca salgada, chá-mate no final de noite, candidaturas, poemas, histórias de bravatas, tudo isso fazia parte do mundo do meu avô e faz parte da minha memória de criança.
Eu gostaria de ter conversado e ter conhecido o meu avô, agora adulta. Tantas perguntas eu gostaria de fazer ou talvez simplesmente ouvir suas histórias. Apesar de ser uma das netas mais velha, não aproveitei o meu avô como gostaria. Mas ,talvez, eu não teria uma lembrança tão encantada dele. Nunca irei saber…..
Vô Bené, estaria fazendo 100 anos, imagina a festa?! Mas comemoro  mesmo assim a lembrança do meu avô folclórico que sempre achei bárbaro e que deixou uma marca enorme nessa sua neta!
Feliz Aniversario, Vô!!! Alguém que sempre soube viver .

Logradouros de Miracema


  Recebemos do Luiz Carlos o anúncio do lançamento do vol. IX de LM.
"NONO A CAMINHO
Mais uma etapa da obra Logradouros de Miracema vem de ser completada, trata-se do lançamento do seu Volume IX, sem solenidade.
Tem como carro-chefe o Ribeirão Santo Antônio de Miracema, o mais primitivo dos caminhos do Município, do tempo dos Puris e que foi motivo de longa disputa com Minas Gerais, para ser sua fronteira com o Estado do Rio de Janeiro e que é nbsp;propósito de justa e merecida luta para ser despoluido. Contém informações que podem ser úteis ao estudo de sua história.
São mais quatro logradouros: Praça dos Estudantes Prefeito Jairo Barroso Tostes, Travessa José Mercante, Travessa Manoel Miguel Souto e Rua Solange Coutinho Moreira.
Como de costume além de dados dos logradouros e seus patronos, trata de inúmeros outros personagens e coisas, com um total de 125 páginas, graças a colaboração de vários voluntários beneméritos, aos quais muitíssimo se agradece.
Desde o Volume VIII, a distribuição  passou a ser gratuita através da Edição Eletrônica via Internet, que permite arquivo e pesquisas eletrônicas, facilitando não só a guarda como as buscas.
Excepcionalmente a Edição Impressa continua disponibilizada, mediante reembolso das despesas com reprodução e remessa postal. Não há pronta entrega.
A reprodução total ou parcial continua livre, sem qualquer alteração e sem finalidade mercantil.
Os pedidos podem ser feitos a mpmemoria@yahoo.com.br
Agradecemos pela divulgação que possam dar a esta mensagem.
Luiz Carlo/MPmemória."

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Força e Luz em Miracema ( 2 )

  Usina de Comendador Venâncio - O cidadão francês Julien Derenne obteve de Francisco Perlingeiro o contrato de concessão para construir e explorar o serviço de energia elétrica. Fundou, então, a Cia. Força e Luz Norte Fluminense, construindo a usina de Comendador Venâncio (aqui) no rio Muriaé cuja inauguração ocorreu no dia 25 de outubro de 1914, conforme relata H. Bustamante.

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Força e Luz em Miracema (1)

                       (Decreto de intervenção na Cia. Força e Luz Norte Fluminense, assinado por JK em !959.)

A história da Cia. Força e Luz Norte Fluminense responsável pela produção, transmissão e distribuição da energia elétrica em Miracema, Pádua, Pirapetinga é recheada de lutas, greves, fatos com imensa repercussão na vida dessas comunidades. Desde a sua fundação, em outubro de 1914, até a sua encampação, em outubro de 1961, portanto durante 47 anos, a Cia. foi alvo de disputas e discórdias.
Pode-se afirmar: o sofrível desenvolvimento econômico da região está lincado ao serviço que a Cia., durante este longo período, prestou àquelas comunidades. Um fornecimento de energia elétrica abundante, regular, estável é condição necessária para o crescimento econômico.
Começamos a postar esta história com o decreto de intervenção na cia. assinado pelo presidente JK.